Serra  do Espírito Santo, Tocantins   
                    Foto: tocantins 
                      
                   
                    TOCANTINS, UMA VEZ MAIS 
                  13 a 16-04-1995 
                    
                  “Tocantins  é um estado no centro do Brasil. Caracteriza-se pelo cerrado (prado seco e  matagais), rios vastos e plantações de soja. A capital moderna, Palmas, foi  construída propositadamente no centro geográfico do estado e está rodeada de  colinas arborizadas.” 
                     
                  Está localizado a sudeste da Região Norte e tem como limites Goiás a sul, Mato  Grosso a oeste e sudoeste, Pará a oeste e noroeste, Maranhão a norte, nordeste  e leste, Piauí a leste e Bahia a leste e sudeste. Sua capital é a cidade  planejada de Palmas que, dentre as capitais estaduais brasileiras, é a menos  populosa. 
                  Fonte:  Google. 
                  De  novo, em Tocantins. Desta vez, de ônibus. Quatorze horas de estrada. Muitas  paradas, ao longo do caminho, no coração do Brasil. As distâncias entre as  cidades são enormes! Cem quilômetros, cento e vinte... De Porangatu (Goiás) a  Aliança (TO) é uma enormidade. De Gurupi a Paraíso, outro tanto... 
                    A manutenção da BR113 — a famosa Belém-Brasília, de JK e Bernardo Sayão —  continua precária em alguns trechos do Tocantins. 
   
                    As cidadezinhas de beira de estrada são minúsculas, parecem menores do que os  postos de gasolinas onde estão sendo construídas... Algumas nem aparecem no  mapa. 
                    O movimento na estrada é maior, mais intenso, por causa da Semana Santa.  
                     
                    Minha sobrinha Maria da Graça e o filho Vinicius continuam morando em Paraíso  do Tocantins, agora numa espaçosa casa no bairro Serrano. Ruas pavimentadas,  muitos terrenos baldios e várias mansões ostensivas e ostentosas, com muros  caprichosos, decorados, trabalhados, bem vistosos.  Mesmo sem contar com água encanada e esgoto  sanitário, o bairro cresce e fica mais sofisticado, com um clube, uma casa de  decoração, floriculturas.  Fica ao pé da  serra do Estrondo.  Lá em cima está uma  rústica capela e as torres de telecomunicações. As ruas e terrenos vazios do  bairro estão floridos, com as gramíneas e as trepadeiras endêmicas, como  tapetes ornamentais. Ainda é época de chuvas e a vegetação continua florida e  ostentosa. 
   
                    Na Sexta-feira Santa centenas de romeiros subiram a trilha íngreme e acidentada  até o topo da Serra do Estrondo.  
                    O movimento começou de madrugada. Uma verdadeira maratona, muito  desconfortável. Mas a aventura é recompensada pelo ambiente de festa religiosa,  de competição esportiva, de pura farra, e pela bela vista sobre os vales  circundantes. E a cidade espraiada, lá embaixo, crescendo em todas as direções.  Lá no fundo, aparece o novo aeroporto, inaugurado recentemente.  
                    Num passeio pela estrada para Palmas, encontramos gravatás (Caraguatá: bromélia  antiacantha Bertol.)  
                    
                   E visitamos o orquidário de um colecionador  (Genesio Rodrigues dos Santos), no bairro Serrano. Segundo informou, ao fazer o  registro no IBAMA, encontraram mais de 1.200 unidades, das comuns em sua região  e até da Tailândia. Persegue qualidade, mais do que quantidade. Tudo  classificado, em galpão próprio, de acordo com as recomendações de  especialistas. Muitas estavam exuberantes, com inflorescência majestosas,  depois das águas de março. Mas o conjunto de plantas, com seus bulbos secos  sobre xaxins, agarrados a troncos podres de árvores ou em caixotes de madeira e  estacas mortas, não resulta tão agradável. 
                     
                  Com o exibicionismo próprio dos colecionadores, passou horas versando sobre as  plantas, mostrando sua vasta biblioteca especializada e todo o folclore que  geralmente cerca a atividade.  
                
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